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sexta-feira, 30 de maio de 2014





Morrer

“Não morremos para nós mesmos; morremos uns para os outros”
Georges Bernanos





A profundidade deste pensamento conduz-nos a amplos campos exploratórios daquilo que continua a ser a principal limitação do homem:  desconhecer o morrer!
Este ciclo de renovação, torna-se ideal a uma profunda reflexão sobre o que estamos a criar (aqui e agora) para nós, na vida além vida.
“ Não morremos para nós mesmos”, na dimensão incorpórea, nós não ficamos libertos da consciência, que na sua plena lucidez vive, aprende, evolui, ou ainda, pode estagnar, regredir ou vivenciar sofrimento por um longo período.
Esta é a paleta de escolhas que está sob a nossa responsabilidade, e certamente, do seu usufruto.
O veículo de transporte para a grande viagem, é tão só a vibração emitida pela radiação do nosso grau de consciência.
E é essa força gravitacional que nos vai apear na estação adequada (compatível) com a nossa vibração.
Entre os vários planos do reino astral, encontram-se vias de ensino, formas de aprimorar conhecimentos, entidades assistenciais, das quais usufruímos após a partida deste plano.
No entanto, e tal como acontece por cá, não podemos vislumbrar o que desconhecemos, ou aceitar o que os dogmas nos levam a desacreditar, ou ainda o que o nosso medo disfarçado de indiferença nos restringe, ou seja, o acesso à verdade que emerge pelo conhecimento, que por sua vez aflora as experiências tantas vezes já vividas.

Citando S.S. Dalai Lama:
“devemos aprender a morrer, para melhor viver”

Ninguém se torna mais iluminado porque morre, a Luz, é aquela que diariamente fomentamos com o nosso Ser e Estar, essa, será o farol guia do nosso acostar a outras margens.
Que estes princípios nos permitam ainda perceber que o trabalho é contínuo, que a comunicação energética entre planos também, e que é nosso labor principal sermos geradores de luz.
Apego/dependência, desafectos, desentendimentos, mágoas alimentadas, tornam-se pesadas correntes nos sub-planos do mundo astral.
A missão de cada ser, cada uma com suas cores, passa por burilar as asas, para que no momento crucial do regresso ao lar, possamos voar na limpidez do transmitido, pela intenção redimido, no amor incondicional sublimado.
Queridos Amigos, a paz na vida além vida é preciosa, fundamental à evolução do nosso espírito, mas atentem que é aqui, e é agora, que como uma minúscula missanga a acrescentamos ao colar dos feitos da nossa vida, pelo fio do dia-a-dia.

Maria Adelina Lopes







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