Morrer
“Não morremos para nós
mesmos; morremos uns para os outros”
Georges
Bernanos
A profundidade deste
pensamento conduz-nos a amplos campos exploratórios daquilo que continua a ser
a principal limitação do homem: desconhecer o morrer!
Este ciclo de renovação, torna-se ideal a uma profunda reflexão sobre o que
estamos a criar (aqui e agora) para nós, na vida além vida.
“ Não morremos para nós
mesmos”, na dimensão incorpórea, nós não ficamos libertos da consciência, que na sua plena lucidez vive, aprende, evolui, ou ainda, pode
estagnar, regredir ou vivenciar sofrimento por um longo período.
Esta é a paleta de escolhas
que está sob a nossa responsabilidade, e certamente, do seu usufruto.
O veículo de transporte
para a grande viagem, é tão só a vibração emitida pela radiação do nosso grau
de consciência.
E é essa força
gravitacional que nos vai apear na estação adequada (compatível) com a nossa
vibração.
Entre os vários planos do
reino astral, encontram-se vias de ensino, formas de aprimorar conhecimentos,
entidades assistenciais, das quais usufruímos após a partida deste plano.
No entanto, e tal como
acontece por cá, não podemos vislumbrar o que desconhecemos, ou aceitar o que
os dogmas nos levam a desacreditar, ou ainda o que o nosso medo disfarçado de
indiferença nos restringe, ou seja, o acesso à verdade que emerge pelo
conhecimento, que por sua vez aflora as experiências tantas vezes já vividas.
Citando S.S. Dalai Lama:
“devemos aprender a morrer, para melhor viver”
Ninguém se torna mais
iluminado porque morre, a Luz, é aquela que diariamente fomentamos com o nosso Ser e Estar, essa, será o farol guia do
nosso acostar a outras margens.
Que estes princípios nos
permitam ainda perceber que o trabalho é contínuo, que a comunicação energética
entre planos também, e que é nosso labor principal sermos geradores de luz.
Apego/dependência,
desafectos, desentendimentos, mágoas alimentadas, tornam-se pesadas correntes
nos sub-planos do mundo astral.
A missão de cada ser, cada
uma com suas cores, passa por burilar as asas, para que no momento crucial do
regresso ao lar, possamos voar na limpidez do transmitido, pela intenção
redimido, no amor incondicional sublimado.
Queridos Amigos, a paz na
vida além vida é preciosa, fundamental à evolução do nosso espírito, mas
atentem que é aqui, e é agora, que como uma minúscula missanga a acrescentamos
ao colar dos feitos da nossa vida, pelo fio do dia-a-dia.
Maria Adelina Lopes