Uma rede infinita de sinais ultrapassam as fronteiras e os horizontes colocando em contacto instantâneo uma multidão inumerável de pessoas, formando um emaranhado das nocivas ondas electromagnéticas, e uma interminável teia de energias pessoais que que por efeito dominó afectam a todos os que a ela se agregam. Estas ondas energéticas carregadas com o estado psico/emocional dos utentes da rede, torna-se invasor e detentor do estado psico/emocial individual, gerando níveis descompassados e variáveis de humor que variam entre a raiva e o eufórico muito semelhantes à sintomática depressiva profunda.
Definitivamente
a Internet e a mídia electrónica tomaram conta da vida das pessoas. É evidente
que a evolução tecnológica tem o seu carácter positivo na medida em que torna
mais ágil a comunicação e a informação, mas o preocupante é a forma
descontrolada com que vem escravizando de maneira sufocante os envolvidos, que
encontraram nesta tecnologia uma grave dependência. Milhões de pessoas se
transformaram em “netaholics”, vitimas desse vício massacrante e não percebem que estão sendo consumidos
pelo que pensam ser sinais de modernidade. A "rede" acompanha-os por
toda parte, em todo o tempo e lugares. A chave de apertar parafusos do famoso
Carlitos, personagem de Charles Chaplin no filme Tempos Modernos, tomou outra
forma. Os smartphones, netbooks e tablets são as novas chaves e literalmente
estão invadindo todos os espaços, transformando os trabalhadores num bando de alienados
que não conseguem já desligá-los. O
capitalismo agradece, e a robotização navega de vento em popa.
Na verdade, os
usuários comportam-se como defuntos em missa de corpo presente, o corpo
permanece, mas o espírito está distante, há muito já se foi. Em casa, nas ruas,
nas praças, nos shoppings, nas salas de aula, nas reuniões, nos Seminários, nos
Congressos e até nas igrejas eles ligam os seus aparelhos, conectam-se e saem fora da realidade, numa atitude
desrespeitosa com os interlocutores, colegas ou família, conforme seja a sua
localização. Como dito acima, o corpo fica presente, mas o espírito foi para
outra dimensão.
Como em
qualquer outra dependência, por norma os envolvidos negam-se a reconhecer essa
condição, no entanto os depoimentos são cada vez mais alarmantes, de pessoas
reais que já não conseguem viver
desconectados. Dados de uma pesquisa realizada por estudiosos norte-americanos
revelam que de 6 a 10% dos aproximadamente 189 milhões de internautas
americanos sofrem de Trombose Venal Profunda, uma doença causada pelo contacto
excessivo de computadores e afins. Na China o vício em internet é considerado
como uma doença e a estimativa é que existam 33 milhões de dependentes de
internet no país.
Será que
você faz parte destes números e ainda
não percebeu? Se você é daqueles que carregam um smartphone e não o desliga
para nada, vive mandando e recebendo e-mails em todos os lugares para colegas,
amigos, atende chamadas em qualquer lugar, cuidado! Você pode ter-se
transformado num “netaholic” e pagar muito caro por este vício descontrolado.
Surgem então
no ar algumas perguntas que não querem calar-se:-Qual o preço da sua liberdade? Será que vale a pena viver desta maneira, escravizado?
-O quanto
esta forma de viver está abalando sua saúde física e mental e seu
relacionamento social e familiar?
Vale a pena
pensar…
Acabei de ler o email com muita atenção e interesse. Para lhe dar uma ideia de quão real é o teor do texto, digo-lhe o seguinte: no local onde estive de férias no gerês havia uma piscina e para pasmo meu vi um utente da piscina dentro da mesma a falar ao telemóvel. As pessoas não conseguem desligar-se e ficam com a ilusão de que estão sempre "conectadas" com o mundo. Vivemos num mundo fantástico. É tão fantástico que parece real.
ResponderEliminarAcabei de ler o email com muita atenção e interesse. Para lhe dar uma ideia de quão real é o teor do texto, digo-lhe o seguinte: no local onde estive de férias no gerês havia uma piscina e para pasmo meu vi um utente da piscina dentro da mesma a falar ao telemóvel. As pessoas não conseguem desligar-se e ficam com a ilusão de que estão sempre "conectadas" com o mundo. Vivemos num mundo fantástico. É tão fantástico que parece real.
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