quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Horizontes da Marta


 

Agradeço esta partilha que muito me tocou. Recentemente também vivi uma experiência de uma doença súbita que alterou muito a minha forma de vida.

Fez-me parar. Pensar no que realmente queria da vida. Depois da fase inicial de revolta, daquela pergunta quase obrigatória "porquê eu meu Deus? Logo eu que não faço mal a ninguém?" fui aprendendo a conviver com as limitações e o desconforto.

Um dia de cada vez. Todos os dias o azedume vai tornando-se mais fraco e a revolta inicial começa a ter outra faceta.

Um improvável sentimento de gratidão pelo que aconteceu. Pela doença que me fez parar e rever tudo. Como dizia uma amiga brasileira, obrigou-me a uma "freagem de arrumação" e repensar toda a vida. Não é fácil. Às vezes a revolta instala-se sem aviso, o desconforto e limitação física tira-nos a serenidade. Mas no dia seguinte já estamos melhor.

As pequenas vitórias tornam-se imensas. Aquilo que dávamos como um dado adquirido ganha novo significado. Limpar os pés depois de um banho, passear a cachorra, baixar-me para apanhar um objecto do chão. E um dia destes vou voltar a correr atrás da minha cachorra! Este testemunho mais do que uma lição de vida, é um hino à própria vida! Resume de uma forma simples a maior das verdades: "quando me libertei daquilo que achava que devia ser, fui capaz de criar uma vida nova!". É esse o meu propósito hoje e agradeço por ter sido alertada a tempo.

 

 

 Marta Sobral

 

 

 

 



 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Seja Bem-Vindo