Agradeço
esta partilha que muito me tocou. Recentemente também vivi uma experiência de
uma doença súbita que alterou muito a minha forma de vida.
Fez-me
parar. Pensar no que realmente queria da vida. Depois da fase inicial de
revolta, daquela pergunta quase obrigatória "porquê eu meu Deus? Logo eu
que não faço mal a ninguém?" fui aprendendo a conviver com as limitações e
o desconforto.
Um
dia de cada vez. Todos os dias o azedume vai tornando-se mais fraco e a revolta
inicial começa a ter outra faceta.
Um
improvável sentimento de gratidão pelo que aconteceu. Pela doença que me fez
parar e rever tudo. Como dizia uma amiga brasileira, obrigou-me a uma
"freagem de arrumação" e repensar toda a vida. Não é fácil. Às vezes
a revolta instala-se sem aviso, o desconforto e limitação física tira-nos a
serenidade. Mas no dia seguinte já estamos melhor.
As
pequenas vitórias tornam-se imensas. Aquilo que dávamos como um dado adquirido
ganha novo significado. Limpar os pés depois de um banho, passear a cachorra,
baixar-me para apanhar um objecto do chão. E um dia destes vou voltar a correr
atrás da minha cachorra! Este testemunho mais do que uma lição de vida, é um
hino à própria vida! Resume de uma forma simples a maior das verdades:
"quando me libertei daquilo que achava que devia ser, fui capaz de criar
uma vida nova!". É esse o meu propósito hoje e agradeço por ter sido
alertada a tempo.
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