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terça-feira, 29 de abril de 2014

Permissividade danosa...a educação de cada dia...





Crianças devem manter-se longe dos tablets e smartphones


Pediatras norte-americanos dão 10 razões para crianças e jovens, até aos 18 anos, adiarem ao máximo o uso intensivo destes aparelhos.
Publicado a: 2014-03-17 11:36:00
A Academia de pediatras norte-americana Kaiser Foundation, e a sociedade de pediatria canadiana Active Healthy Kids Canada, foram citadas este mês pela terapeuta ocupacional de pediatria Cris Rowan, num artigo publicado no Huffington Post. Neste artigo, podia ler-se que as crianças até aos 2 anos não devem ser expostas a equipamentos eletrónicos; que as crianças entre os 3 e os 5 anos já o podem fazer, mas apenas uma hora por dia; e que as crianças entre os 6 e os 18 anos devem restringir o uso de telemóveis, tablets ou jogos eletrónicos, a apenas duas horas por dia.

Quanto às razões concretas para justificar estes conselhos, elas são 10:

1. Rápido crescimento do cérebro: Entre os 0 e os 2 anos, o cérebro das crianças triplica de tamanho e continua a ter um rápido crescimento até aos 21 anos. Quando esse desenvolvimento é causado pela exposição excessiva à tecnologias, pode gerar défice de atenção, atrasos cognitivos, aprendizagem deficiente, aumento da impulsividade e diminuição do autocontrolo.

2. Atraso no desenvolvimento: A tecnologia restringe os movimentos, o que pode resultar num atraso de desenvolvimento físico das crianças, o que muitas vezes se reflete num desempenho escolar negativo.

3. Obesidade: A televisão e os vídeo-jogos estão associados ao aumento da obesidade. As crianças que têm um destes equipamentos no quarto, têm 30% mais hipóteses de sofrer de obesidade e todas as doenças que lhe estão associadas, como a diabetes. Por sua vez, uma pessoa obesa tem mais probabilidades de vir a sofrer de ataque cardíaco, enfarte e tem uma menor esperança de vida.

4. Privação do sono: 75% das crianças, entre os 9 e os 10 anos, que usam tecnologias nos seus quartos, sofrem de privação de sono e isso acaba por se refletir negativamente nas suas notas escolares

5. Distúrbios mentais: O uso excessivo de tecnologia está relacionado com o aumento de casos de depressão infantil, ansiedade, dificuldades de relacionamento, défice de atenção, autismo, transtorno bipolar, psicose e problemas de comportamento.
 
6. Agressividade: Conteúdos violentos podem gerar crianças agressivas. As crianças estão cada vez mais expostas a conteúdos que envolvem violência física e sexual nos media. Nos E.U.A., a violência exibida nos media é já classificada como um Risco para a Saúde Pública, devido à relação que foi estabelecida entre esta realidade e a agressividade infantil.
 
7. Demência digital: Conteúdos rápidos podem contribuir para défice de atenção, assim como para uma diminuição da concentração e memória. As crianças que não conseguem prestar atenção a algo, não aprendem.
 
8. Dependência: Ao haver tanta tecnologia ao alcance das crianças, os pais acabam por lhes prestar menos atenção. Por sua vez, na ausência dos pais, as crianças ficam ainda mais "agarradas" à tecnologia e isto pode gerar dependência. Uma em cada 11 crianças, dos 8 aos18 anos, é viciada em tecnologia.
 
9. Emissões radioativas: Em maio de 2011, a World Health Organization classificou os telefones móveis na categoria 2B (possivelmente cancerígenos) no que diz respeito às radiações. Tendo em conta estes dados, e que o cérebro das crianças ainda está em desenvolvimento, os riscos para as crianças podem ser ainda maiores.
 
10. Insustentável: As crianças são o futuro, mas não há futuro se as crianças continuarem a usar excessivamente a tecnologia. Os responsáveis por este estudo consideram de extrema importância que algo seja feito para reduzir o uso das tecnologias por parte das crianças.


Fonte: Huffington Post


segunda-feira, 28 de abril de 2014

REI KI nas Empresas






Reiki nas Empresas






As empresas hoje devem ter práticas de recursos humanos que se destaquem, e sobretudo tragam satisfação aos funcionários. A integridade das pessoas não está reduzida só ao aspecto físico, estende-se também ao psicológico e social. Para se desenvolver, as pessoas devem sentir-se valorizadas em relação ao seu trabalho, e seguras quanto à sua importância para a empresa e para as pessoas ao seu redor.
Por stress ou ansiedade, o funcionário pode faltar ao serviço por motivos como dores de cabeça, problemas no intestino, alergias, cólicas, ou outras, o que causa uma certa perda para a empresa. Com a prática do Reiki as faltas diminuem consideravelmente, fazendo com que a empresa não tenha prejuízo com o absentismo.
As empresas sabem que qualidade de vida anda em paralelo com a questão da produtividade e redução de custos, sem falar em outros benefícios agregados. E não só as empresas estão conscientes deste bem, mas também os profissionais, que procuram o equilíbrio e controlo das situações stressantes do dia-a-dia.
O Reiki surgiu nas empresas como uma necessidade de combater a pressão do dia-a-dia, deixando o trabalhador mais calmo, equilibrado e ajudando-o a enfrentar, conscientemente, as pressões do trabalho.

O QUE É REIKI  NA SUA VERTENTE TERAPÊUTICA

O Reiki é um dos métodos de cura mais antigos que a humanidade conhece.
Como seres humanos, todos temos a energia vital à nossa volta e dentro de nós. A palavra japonesa rei-ki compõe-se de duas sílabas: rei, que descreve o aspecto cósmico, universal, dessa energia, e ki, que significa a força vital fundamental que flui e pulsa em todos, combustível de vida, a que consumimos nas actividades do dia-a-dia. Precisamos então criar um suplemento diário de energia renovada. Quando não conseguimos repor o nosso consumo de energia por um período prolongado, podemos ficar física e emocionalmente doentes. Se a nossa provisão de energia vital está muito baixa e exaurida e sofremos de exaustão física, emocional e mental, com a tendência acentuada a ficar irritados, mal-humorados e deprimidos.

VANTAGENS E BENEFÍCIOS DO REIKI

O Reiki encontra-se ao alcance de todos, inclusive crianças, anciãos e pessoas doentes. Todos podemos ser um canal de Reiki, não existe limite de idade.
O treino da técnica não é demorado, podendo cada nível ser ensinado em seminários de apenas um dia.
A técnica é segura, sem efeitos colaterais ou contra-indicações, sendo compatível com qualquer outro tipo de terapia ou tratamento.
A energia não é manipulativa, invasiva ou polarizada, Reiki é um óptimo recurso para equilibrar os sete  Chakras principais, que estão localizados da base da coluna ao alto da cabeça.
Reiki beneficia a pessoa nos corpos físico, emocional, mental e espiritual, não visando apenas a supressão da patologia, mas a volta a um estado natural e desejável de bem-estar e felicidade. A prática Reiki está inserida no contexto das práticas terapêuticas alternativas reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (O.M.S.).
O seu maior beneficio é ainda o facto de ser uma prática passível de auto-aplicação pelo que não acarreta dependência de outrem promovendo o auto-conhecimento e necessidade individual.







terça-feira, 1 de abril de 2014

Acerca de Agostinho da Silva


“O que é que eu penso da morte? Não penso nada, porque nunca morri, não tenho nada que me pronunciar sobre esse assunto. Deixa-me morrer, porque depois, se houver alguma coisa e eu puder dizer, eu comunico para você, sou seu amigo, porque é que não hei-de comunicar, não é?”


Experiência inesquecível
acompanhar Agostinho da Silva pelas ruas de Lisboa era uma experiência inesquecível. De passo distraído, detinha-se, sem tempo (nem noção dele), ante qualquer criança, pedinte, idoso, ou cão, gato, pombo, ou dona de casa, ou montra, ou veículo que o sugestionasse. A todos, sobre todos, falava usando registos próprios para cada um, como se cada um (pessoa, animal, objecto) lhe fosse consanguíneo.
Quando entrou pela primeira vez nas amoreiras (para uma entrevista na tsf, então instalada naquele edifício), sentiu-se deslumbrado com tanto conforto, tanta luz, tanto luxo – tanta inutilidade….
Chegámos, uma vez, a demorar um dia, das nove da manhã às sete da tarde, para irmos da sua casa, no príncipe real, à galeria 111, no campo grande, por causa de uma exposição – tais as surpresas, os encontros, as conversas, as confidências, os pedidos, as estórias, as afectuosidades, os inesperados que a sua presença suscitou.
Tomámos café na Cister, almoçámos na mourisca, lanchámos na Grã Fina. Ao chegarmos, seis horas e cinco quilómetros depois, ao destino, restou-nos apanhar (a mostra encerrara há muito) um táxi de regresso.
«foi um dos espíritos mais enigmáticos, fascinantes e inquietantes de Portugal, mesmo do mundo», afirmará Pedro Borges, um dos grandes estudiosos da sua obra.
Espectador implacável de si mesmo – maneira de não se prender à precariedade da vida – apercebe-se, quando sofre os ataques mais fortes da doença, da chegada do fim.
«bom, vais ter muita calma, com um pouco de sorte ainda podes ficar lúcido e trabalhar umas duas horas por dia. Já não será mau», autodomina-se, na ambulância que o leva para o hospital, no seu jeito de dar a volta a tudo – sobretudo ao medo. Consente em ficar internado. Depois, fendido por tromboses sucessivas, cai em coma.
«se o destino nos der limões, façamos limonada, e se pudermos deitemos-lhe açúcar», enfatizava. O gosto, o gozo de estar nos dois lados, nos vários lados da vida, constituiu o seu maior fascínio.
«a nossa existência é um barco», dizia, «que atravessa frequentes tempestade. Estamos agora numa, e bem ruim. O segredo para resistir é não olhar pela borda fora, se não enjoamos e fazemos os outros enjoar. O segredo é olhar o horizonte, mesmo sabendo que não chegaremos lá.»
com simplicidade e descaramento conciliava todos os contraditórios, todos os opostos, racionalismo e esoterismo, renúncia e prazer, acção e reflexão, passado e futuro, tragédia e farsa, sucesso e fracasso, feminino e masculino, novo e velho, crueldade e bondade, vício e virtude, ter e ser. Conciliava-os para os confundir, os acrescentar, os harmonizar, os neutralizar, os perturbar.
«divirto-me sobretudo com o que não tenho, com o que me desagrada. Temos de fazer da nossa vida uma ficção para conseguirmos torná-la suportável.»
não possuía bilhete de identidade, nem cartão-de-visita, nem número de contribuinte. Só passaporte: «se eu tiver número de contribuinte fico na obrigação de ver o que é que o governo faz do dinheiro dos contribuintes. E aí entro em conflito com Portugal, o que não quero. Porque estou gratíssimo a Portugal por me ter deixado nascer nele.»
em Portugal, no brasil, em cabo verde, na guiné, em são Tomé, em angola, em moçambique, em Macau, em timor há quem afirme dever a agostinho da silva algo de decisivo, de transformador da sua vida.
«se não tivesse quase a certeza de que, em última instância, o caminho vai dar certo, porventura não me empenharia em agir, em agir pensando, em agir quieto. Só que para mim o dar certo confunde-se com o desaparecimento total das coisas. É como se fosse correndo, entusiasmado, para um ponto de completo desaparecimento com a ideia de que, nesse desaparecimento, a consciência continuará a existir.»
gesto suspenso, olhar fundo, agostinho da silva («profeta do terceiro milénio» lhe chamou António Quadros) regressou lentamente, mal começara Abril de 1994, ao lugar de onde viera – o futuro.
                                                  

Quem foi Agostinho da Silva


Gratidão Jorge por esta partilha)