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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Um abraço pode curar


O poder do toque, como um abraço, acaba de ser confirmado num novo estudo. Segundo uma investigação da Universidade de Amesterdão, até as interacções triviais do dia-a-dia podem ajudar pessoas com baixa auto-estima a terem uma atitude mais positiva. 
A equipa introduz o estudo referindo que, por exemplo, a ideia de mortalidade é encarada com serenidade pelas pessoas com uma auto-estima saudável, mas pode ser motivo de ansiedade e depressão para quem tem pouco amor-próprio.
Numa série de estudos, cujas conclusões foram publicadas este mês no jornal Psychological Science, a equipa afirma que este problema pode ser ultrapassado através do toque.
"Até breve e triviais momentos de toque pessoal podem ajudar as pessoas a lidar de uma forma mais eficientes com as suas fragilidades existenciais”, defende o psicólogo e líder da investigação Sander Koole. "Isto é importante porque todos temos de lidar com estes problemas e todos temos momentos em que lutamos para encontrar um significado para a nossa vida," reforça o investigador. 
Num dos estudos, um elemento feminino da equipa de investigação aproximou-se de alunos que passavam no campus da universidade e entregou-lhes em questionário para preencherem.
Em alguns casos, a entrevistadora limitou-se a entregar o questionário. Noutros, acompanhou o preenchimento colocando a sua mão, suavemente e durante um breve momento, no ombro do aluno que preenchia o documento.
Neste teste, os participantes que revelaram pouca auto-estima e que foram tocados no ombro, indicaram sentir menos ansiedade, quando preencheram o questionário, do que aqueles que não tinham sido tocados.
Num outro estudo, a equipa revele que indivíduos com baixa auto estima revelam um maior desejo e vontade de recorrer ao toque. Neste exercício, os investigadores recorreram a um urso de peluche e a um grupo de participantes com baixa auto-estima. Alguns dos participantes foram confrontados com a questão da sua mortalidade e outros não.
Nesse momento, os participantes que puderam tocar no urso revelaram menos sentimentos de etnocentrismo (menos preconceitos e uma maior tolerância para com os outros), que é uma defesa comum nas pessoas com baixa auto-estima.
 "As nossas conclusões sugerem que mesmo o toque de um objecto inanimado, como um urso, pode aliviar receios existenciais”, salienta o investigador principal em comunicado. Sander Koole conclui afirmando que a prática deste tipo de toque, como um abraço, deve ser encarada como um importante elemento nas tradicionais terapias para tratar doenças como a depressão e ansiedade.


Fonte:  http://boasnoticias.pt/noticias_um-abra%C3%A7o-pode-curar_17769.html




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