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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

DILUIÇÃO



O que é um processo espiritual? Fazer um processo espiritual é deixar- se diluir nas águas. A diluição é um comando poderoso da alma. A alma dilui-se no Universo. Dilui-se na energia. E essa diluição no todo é o que faz com que a alma seja parte do todo, parte do Universo. É nesse diluir que mora o segredo da comunhão. O ser humano, tal e qual como está, tal e qual como vive nessa energia densa aí em baixo, não está minimamente preparado para se diluir. Ele pensa que é matéria, não sabe que é energia.

Se ele soubesse que é energia, sendo a matéria um mero invólucro, que serve para carregar as limitações físicas que atraiu para poder trabalhar as suas fragilidades… que a sua parte energética é a sua parte mais poderosa… que só se diluindo como físico, só se diluindo como espírito ele encontrará a dimensão da alma e finalmente se poderá fundir…Se ele soubesse que o acordo que firmou antes de encarnar lhe traz o dever de se diluir em energia para melhor fazer a fusão que lhe irá devolver a unidade… Se ele soubesse…

– E como fazer para diluir? Para chegar à frequência da alma? É fácil: Diluir é deixar que cada coisa aconteça quando tem de acontecer. É saber que tudo no Universo tem um tempo propício, e que as pessoas não deveriam bloquear o que está para acontecer. Se alguém de quem gostas te faz mal, por exemplo, deves chorar. Chorar de tristeza. Chorar de tristeza por teres atraído alguém assim, que é tão infeliz ao ponto de magoar quem lhe quer bem. Só isso. Só assim te irás diluir na própria emoção que sentes, e nunca, nunca bloquear uma dor.

Aos poucos vais-te habituando à ideia de que a vida traz emoções alegres e tristes, e que tudo flui se não deixares escapar nada. Sentir, sentir, sentir. Mas as pessoas não fazem isto. Não se diluem em emoções adversas. As pessoas ficam zangadas, ficam com raiva, culpam as outras, ficam endurecidas, e continuam as suas vidas com um nó no peito, provocado por emoções que se recusaram a aceitar.

Como eu sempre digo, não é preciso aceitar o facto de nos fazerem mal, mas é preciso aceitar vivenciar a emoção que esse acontecimento traz. E assim vão vivendo, vida após vida, sem aceitar sentir, sem aceitar vivenciar, sem jamais diluir. E jamais também o ser entra na dimensão da alma. E jamais o ser consegue se libertar. E jamais irá ascender.
Excertos do "Livro da Luz", de Alexandra Solnado



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