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domingo, 15 de dezembro de 2013

A infinita melodia do perfume que nunca o foi ou será


 
Respirar não é ser o respirador, ver não ser o que vê e ouvir também não ser o que ouve, e isto é tão certo como o sol que não se põem nem nasce, tanto como uma ideia ou visão não significa uma autoria. 

Falar de nomes é bonito, tanto como falar de futuro ou passado, até porque se tem um nome é passageiro e temporário sendo que para algo ser temporário e passageiro, algo não é, isso é o que é, e tudo o resto é o ruido temporário e impermanente perante o permanente e infinito.

Tu até podes ter a ilusão de estares a ler estas mesmas palavras e até podes ter a ilusão de atribuir um significado às mesmas. Mas por mais que leias, existe um vidro, como o vidro de uma lâmpada que atraiu uma borboleta, por mais que marres a noite inteira, para conheceres o que queres, só entendes partindo o vidro e se partires já não entenderás, porque a ilusão fica mas a ignorância vai. Isto porque ver a lâmpada, não é ser a lâmpada e lâmpada também não o é.
Não é uma charada que se veja, que sirva para alguma coisa, que tenhas de… ou pior, que se encontre, é algo que acontece.
Enquanto isso, alinho e brinquemos ao fazendo de conta do que não somos e do que não está acontecer...


 
Ricardo Monteiro

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