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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Fazer o bem melhora sua genética e sua saúde


Caros Amigos

Mais um interessante texto de Sérgio Scabia que nos indica algo que há muito pressentimos que a saúde tem uma correlação directa com o bem que se prodiga aos outros e consequentemente a nós próprios. Seguindo a linha que há muito nos indicou o monje budista Matthieu Ricard, este artigo apresenta-nos as “provas cientificas” para aqueles que delas precisem.
Boa leitura

 

Fazer o bem melhora sua genética e sua saúde

:: Sergio Scabia ::
Imagine viver em total plenitude sua vida sem precisar usar remédios, resistindo bravamente a toda sorte de vírus e outras ameaças transmitidas pelo ar ou pelo contacto, ficar dezenas de anos sem precisar tomar injecções... economizar as onerosas despesas com planos de saúde em vez de realizar aquela viagem tão desejada e merecida... Não se trata de mais uma utopia e nem de mera sorte; a fórmula parece ser bem simples e prática: aplicar o "Fazer o bem" à sua vida.
Assisti casualmente (na realidade, o Universo conspira sem parar, basta estar receptivo) faz uns dez dias, a uma reportagem da Globo News na qual o correspondente de Nova York, Jorge Pontual, trazia a informação promissora com os resultados de uma pesquisa extremamente interessante realizada por Steven Cole, um pesquisador da UCLA (Universidade da Califórnia - Los Angeles).
Não foi fácil encontrar pela busca na Web o vídeo do programa e menos ainda -com base na fala de Pontual- o texto original com o resumo da pesquisa, publicado em 02 de Agosto de 2013, no site do Medical News Today.

A pesquisa
Cole, o cientista americano, dirige um time de especialistas que examinou 21.000 genomas de humanos com referência a duas diferentes classificações de felicidade:
- O bem-estar altruísta - o tipo de felicidade associado a um "profundo propósito e sentido da vida".
- O bem-estar egoísta - o tipo de felicidade associado unicamente a uma total gratificação pessoal.

 80 pessoas adultas pertencentes aos dois tipos foram testadas levando em consideração potenciais psicológicos negativos e elementos comportamentais. Amostras de sangue foram retiradas, mapeando os vários efeitos biológicos dos altruístas e dos egoístas, utilizando um perfil de expressão genética chamado CTRA, algo como "resposta transcricional permanente à adversidade". O CTRA é uma mudança associada a um aumento da inflamação e uma diminuição nas actividades antivirais com os genes. Esta resposta, observa Steven Cole, provavelmente evoluiu para ajudar o sistema imunológico, na sequência da mudança de padrões, tais como ameaças microbianas que acompanham a mudança das condições sócia ambientais - por exemplo, conflito social e de contacto.
O estudo mostrou que as pessoas que tinham níveis elevados de "bem-estar altruísta" tinham baixos níveis de manifestação do gene inflamatório e exibiam abundância de genes antivirais e anticorpos.
O oposto é verdadeiro para as pessoas que tinham altos níveis de bem-estar egoísta - resultando em alta da inflamação e baixa manifestação antiviral e de anticorpos.
Steven Cole e sua equipe vêm estudando durante os últimos 10 anos como o genoma humano reage à "psicologia negativa", incluindo estresse, sofrimento e medo. Ele observa que "na sociedade contemporânea, em nosso ambiente muito diferente, a activação crónica por ameaças sociais ou simbólicas pode promover a inflamação e causar doenças cardiovasculares, neuro degenerativas e outras, além disso pode prejudicar a resistência às infecções virais".
Este recente estudo, que foi publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências é o primeiro de seu tipo para conhecer os efeitos da psicologia positiva sobre a expressão genética. Embora os participantes do estudo com bem-estar altruísta tivessem perfis genéticos positivos em suas células do sistema imunológico e os do "bem-estar egoísta" tivessem perfis mais adversos, salienta Cole, que ambos os grupos não percebiam, nem sentiam nada diferente. Ambos os grupos tinham níveis semelhantes de positividade, mas seus genomas responderam de forma bastante diferente.

 Cole acrescenta:
"O que este estudo nos diz é que, fazendo o bem e sentir-se bem tem efeitos muito diferentes sobre o genoma humano, apesar de gerar níveis semelhantes de emoção positiva.
Aparentemente, o genoma humano é muito mais sensível a diferentes formas de alcançar a felicidade do que as nossas mentes conscientes".
A fé sem obras não é nada.
Quantos sábios nos alertaram sobre as maravilhas do amor incondicional, a importância da caridade, a necessidade de exercer a compaixão para com nossos semelhantes!
É uma pena que a grande imprensa não tenha dado a devida importância a esta preciosa e estimulante pesquisa divulgando-a com destaque, mais ainda, tendo o aval de uma respeitada Universidade norte-americana.
Ressalto aqui a importância --e a responsabilidade-- de divulgarmos a verdade, aquele essencial conhecimento --como o aqui relatado-- que tanto pode ajudar o próximo e, sendo devidamente espalhado, melhorar também o ambiente à nossa volta, multiplicando as boas acções e vindo a proporcionar a verdadeira felicidade, a que brota do coração, da percepção da Unidade do Todo que está em tudo!
Talvez seja preciso o estímulo da saúde perfeita para motivar as pessoas a optar por atitudes e frases do tipo: "Posso ajudar?" - "V. precisa de alguma coisa?" - "V. está bem?".

Sérgio Scabia
 

 

 

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