por Vera
Ghimel -
Achamos
muitas vezes que estamos vivendo a nossa espontaneidade e, na verdade, estamos
criando, a todo momento, uma prisão móvel.
Isso pode
ser percebido, por exemplo, quando você tem um cão e ele reage agressivamente,
quando do seu lado, por onde passa. Você, na verdade, está passando para ele a
sua insegurança e o seu desconforto com o novo, com o imponderável. Os animais
são por natureza dóceis e o cachorro não foge a essa regra. Quando lemos
notícias de incidentes entre cachorros ou cachorros e pessoas, pode ter certeza
que o animal está sofrendo uma interferência de seu tratador. Isso acontece
também com os gatos, mas é no cachorro que vemos isso melhor. Os animais,
principalmente os domésticos, são preciosos amigos que nos trazem informações
sobre a nossa forma de ser e de reagir. Excepcionais companheiros de viagem que
reencontraremos por ocasião de nosso desencarne, e isso me foi assegurado pelos
meus guardiões.
Tudo o que
se refere a nós, objectos, pessoas, bichos, reage de acordo com a nossa forma
de agir e de pensar. Curar o que for em nossa vida requer uma percepção do que
está sendo mostrado do lado de fora, até mesmo a reacção de amigos, de bichos,
de parentes. Uma vez me pediram socorro espiritual para um cachorro com câncer
no pulmão e eu, sem saber nada sobre quem o cuidava, adiantei que a pessoa
deveria parar de fumar, pois o cachorro estava com o câncer que ela deveria ter.
Se essa pessoa amasse realmente o seu cão, deveria parar de fumar, pois assim o
cachorro se curaria. Ela não quis parar de consumir três maços de cigarro
diários e o seu cachorro morreu. Isso vale como sugestão para os veterinários,
pois eu defendo a tese que um animal está doente porque o seu dono está. E isso
tem que ser falado ao dono. Que ele cuide de si para curar o seu animal de
estimação. Os animais não são por natureza doentes, eles absorvem a doença do
meio em que vivem.
Toda a
criatividade que pensamos ter e usar, muitas vezes é uma distorção de realidade
e de crenças. O Ego faz um papel de agente de distração levando-nos a concluir
coisas que nem sempre são as verdadeiras. Ele nos distancia de nós mesmos, ao
contrário do que muitos acham.
Um
acontecimento pode ter centenas ou até milhares de conclusões, mas é o
"seu olhar" que dará a ele a conclusão personalizada, aquela que leva
o seu nome. E como sair dessa cilada em que tudo depende da forma com que você
vê? Basta não conduzir a conclusão do facto
pelo seu julgamento. Não se antecipe "achando alguma coisa" que
invariavelmente você estará escolhendo um roteiro definitivo para aquele
acontecimento que se aproximou de você. Entregue à Suprema Inteligência, ao
Criador, à Sabedoria Divina, a Deus, ou ao nome que você especifica a sua real
essência e deixe que essa energia escolha o melhor final para esse história.
Julgar, achar, induzir um final para qualquer experiência é aprisionar a
criatividade que habita em você e que pode te libertar dos grilhões da
individualidade do Ego que só te faz infeliz!
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