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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Por que muitas terapias não curam?


 
Muitos buscam a terapia holística e espiritual só após já terem passado pela medicina e pela psicologia ocidental, sem obter os resultados esperados.

Essas pessoas têm uma tendência a criar uma expectativa ilusória que a terapia complementar e a espiritualidade apresentarão uma fórmula milagrosa para transformar suas vidas. Seja qual for a terapia que escolham, logo estão decepcionadas com a falta de resultados e consideram como ineficiente os  recursos terapêuticos utilizados.

Durante minha experiência terapêutica, pude observar com clareza o processo que conduz a pessoa do estado de expectativa para estado de frustração.

A terapia transpessoal e holística busca complementar os tratamentos convencionais e actua nas dimensões mais subtis, como no corpo energético, por exemplo, que é a matriz do corpo físico.

Alterando a matriz energética se tem a possibilidade de reestruturar o corpo físico. Isso, porém, não impede que a causa da enfermidade ou desequilíbrio continue a minar a pessoa, que após um período de "saúde", volta a adoecer.

A obtenção da cura definitiva não ocorre enquanto não se expurgar e enfrentar a verdadeira causa do desequilíbrio.

A causa de todo sofrimento, seja nos corpos físico, energético, emocional, mental ou espiritual, será tratada definitivamente somente com a participação da própria pessoa que está em desequilíbrio, como agente principal da cura.
Buscar passes magnéticos, aconselhamento espiritual e terapias alternativas sempre são muito importantes, mas de nada adiantarão os tratamentos se a pessoa estiver refractária a eles.

Não existe nenhuma fórmula mágica. O caminho da cura é a capacidade interior que todos trazemos de nos transformarmos.

Num aconselhamento espiritual, a maioria dos consulentes traz em seus questionamentos uma expectativa ilusória. Eles pretendem ouvir algo que lhes aprove suas condutas. Eles esperam determinadas respostas às suas questões.

Mas, quando se trata de um aconselhamento sério e imparcial, quase sempre, há uma enorme frustração por conta do consulente, que não previu uma resposta diferente daquilo que gostaria de ouvir.

Não temos o poder de mudar ou transformar ninguém sem que a pessoa seja retirada de sua zona de conforto. Seja qual for a terapia, ela só obterá sucesso definitivo com a participação integral daquele que a recebe.

Se fôssemos mais atentos à nossa vida diária, aos nossos pensamentos e atitudes, não haveria a necessidade de buscarmos terapias alternativas para nos auxiliar em nossos problemas.

Estar atento requer vontade própria e foco. Existem terapeutas e terapias maravilhosas, mas infelizmente, não conseguem penetrar as entranhas da pessoa pela força.

Tanto o terapeuta quanto o cliente têm que vivenciar o processo terapêutico conscientes da responsabilidade que cabe a cada um. O terapeuta é o ser compassivo que munido de uma lanterna, dá as mãos para o cliente e segue junto com ele o caminho do autoconhecimento e da transformação.

Existem dois tipos de terapias: aquela que apenas escuta, não interfere e passa a mão na cabeça do paciente e a outra que sacode o consulente, dá-lhe uma tapa na cara e pede para que ele acorde!

A doença e o sofrimento têm como objectivo alertar e fazer com que a pessoa saia desse estado de morbidez.

"Eu não estou aqui para preencher suas expectativas. Se eu preencher suas expectativas eu nunca serei capaz de transformá-lo. Eu estou aqui para lhe dar um choque. E nessas experiências chocantes sua mente vai parar. Você não será capaz de saber o que aconteceu, e esse é o ponto onde algo novo entra em você". Osho

Om Shan

Nadya Prem


 

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